As primeiras mudas de Mogno Africano (Khaya Ivorensis) produzidas pela Mudas Nobres eram desenvolvidas a partir de sementes de pomares de plantios nacionais, visto que o plantio de sementes importadas é praticamente inviável pois são recalcitrantes. Além disto, elas não conseguem entrar em dormência e perdem rapidamente sua capacidade de germinação, indo a 0% de germinação em poucos meses.

Este problema só não afeta a Khaya Senegalensis, razão pela qual o mercado opta, principalmente por esta espécie. Ela tem fácil importação e garantia da germinação das sementes ao chegarem no país. Mas ela espécie não é a mais produtiva, exceto para regiões de clima árido.

A produção de mudas clonais passou a ser utilizada pela Mudas Nobres como forma de ampliar a oferta de mudas de mogno africano. Para iniciar a produção a empresa teve o cuidado de selecionar entre 200.000 mudas as 10% melhores para a formação de um jardim clonal. Paralelamente a este trabalho, em 2008, iniciou-se um trabalho de seleção das melhores matrizes de plantios adultos (idade acima de 14 anos), no estado do Pará, o que resultou na seleção de 55 clones de indivíduos superiores, os chamados clones de segunda geração.

A seleção dos clones de segunda geração é o grande diferencial da Mudas Nobres, pois na escolha das matrizes levou-se em consideração: a altura do fuste, o DAP (diâmetro altura do peito), o caule retilíneo e a presença de árvores vizinhas. Observamos estas características em árvores já adultas, pois nem sempre uma planta com bom desenvolvimento inicial alcançará bons resultados depois de alguns anos. O sócio-diretor Canrobert Tormin faz uma analogia deste processo com a atividade pecuária: “ao invés de clonar um bom bezerro, a Mudas Nobres preferiu clonar um touro provado”.

Para dar segurança na avaliação dos clones de segunda geração, a empresa firmou um convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para avaliar enraizamento e grau de parentesco entre os clones, através da engenharia genética e teste clonal. Os estudos tiveram coordenação do prof. PhD Evandro Novaes especialista em melhoramento florestal.

Estes estudos de grau de parentesco se encontram na fase final e os testes clonais na fase de implantação. Este projeto também tem como objetivo identificar os clones mais produtivos em cada região, inicialmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Posteriormente será estendido a outros estados do Brasil.

Os resultados dos testes clonais nas diferentes regiões do país ainda não foram finalizados, portanto, os técnicos da empresa não recomendam o plantio de um único clone. A sugestão é o plantio de um maior número de clones, dentre os 55, pois mesmo que um deles tenha desenvolvimento inferior aos demais em função da variação do ambiente, a média de produtividade será maior do que no plantio de mudas seminais, uma vez que são mudas oriundas de plantas geneticamente superiores.

Em Setembro de 2012 a empresa Mudas Nobres começou a comercialização dos clones de segunda geração para entrega a partir de Abril de 2014. Em função da grande procura por parte dos produtores, para os contratos firmados em Dezembro as mudas estarão prontas para plantio a partir de Agosto de 2014.

Para o produtor que pretender adquirir mudas clonais para plantio no próximo período chuvoso (primavera/verão de 2014), a empresa aconselha fazer a contratação das mudas o quanto antes, porque existe uma certa limitação de produção nesta fase inicial. Os interessados em adquiri-las podem entrar em contato via e-mail ou telefone:

E-mail: [email protected]
Telefone fixo: (062) 3208 6915
Eng. Agrônomo João Augusto da Silva: (062) 9266 5419 (Claro) e (062) 8509 9006 (OI)
Eng. Agrônomo Canrobert Tormin: (062) 9126 7882 (Claro)