Foi realizado na manhã de quarta-feira, 30.10, o lançamento da publicação Diretrizes Técnicas (nº 15) para cultivo do Mogno Africano (Khaya ivorensis), uma nova opção de cultura e investimento tanto para o setor madeireiro, como para produtores rurais.
Fruto da necessidade do Banco do Brasil e do Centro das Indústrias Produtoras e Importadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), a diretriz técnica é um pré-requisito para viabilização de financiamentos, por isso o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), atentos aos anseios do ramo madeireiro do estado, elaboraram, com a ajuda dos técnicos e outras instituições e iniciativa privada, essa diretriz. “Ao viabilizar este financiamento, os pequenos produtores poderão ser beneficiados também com uma nova cultura a ser praticada”, afirmou o engenheiro florestal da Empaer Antônio Rocha Vital, um dos responsáveis pela elaboração da diretriz técnica.
O mogno é tido como madeira nobre, porque tem características como resistência, qualidade, beleza e tem boa adaptação às condições climáticas de Mato Grosso. Segundo o presidente da Empaer, Valdizete Martins Nogueira, o setor madeireiro passa por momento de decréscimo no fornecimento de matéria-prima, devido às pressões ecológicas quanto as florestas nativas como pela escassez dos produtos florestais: “Sem dúvida, o mogno será um ótimo investimento para o futuro, tanto para produtores rurais, como para os investidores do setor madeireiro”, ressaltou.
O mogno africano é da mesma família do mogno brasileiro, mas de gênero diferente. A família das meliaceaes é conhecida por possuir importantes gêneros para produção de madeira serrada. Em Mato Grosso, a área plantada foi significativamente ampliada com atuação de empresas que obtiveram sucesso em plantios extensivos, como nos municípios de Nova Maringá, Cáceres e Rosário Oeste.
A introdução dessa nova cultura florestal no estado tem o objetivo de ocupar áreas desmatadas em estágio improdutivo, além de gerar novas fontes de matéria-prima para o setor madeireiro. Por isso o cultivo tem grande apelo sócio ambiental, em escala mundial, por diminuir a pressão predatória sobre as florestas tropicais na busca por madeiras nobres.
Fonte: Site do Governo do Mato Grosso