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Os setores de reflorestamento e moveleiro possuem mais uma opção de matéria-prima com o cultivo do Mogno Africano (Khaya ivorensis), que oferece uma madeira de alta qualidade e de boa aceitação no mercado internacional. Apresentar as potencialidades comerciais dessa madeira nobre ainda pouco conhecida no país foi um dos objetivos do I Workshop Brasileiro de Mogno Africano (Khaya ivorensis)que foi realizado em Goiânia (GO), nos dias 19 e 20 de agosto. O evento foi uma realização da Mudas Nobres, empresa goiana dedicada a propiciar a seus clientes novas alternativas de exploração agrícola, geração de renda, agregação de valor e respeito ao meio ambiente.

O evento técnico-agronômico, destinado a produtores rurais, investidores do setor florestal, estudantes e comunidade em geral, também esclareceu dúvidas sobre o cultivo e manejo dessa espécie de madeira e divulgou as pesquisas que estão sendo realizadas sobre nutrição vegetal, utilização de herbicidas, irrigação e consórcio com outras culturas. O I Workshop Brasileiro de Mogno Africano propiciou aos mais de 450 participantes conhecimento mais detalhado sobre o sistema de produção do Mogno Africano (Khaya ivorensis), qual a postura do produtor investidor ao ingressar no mercado de madeiras nobres, e quais as vantagens de investir em florestas.
Durante o primeiro dia do encontro, os participantes puderam ouvir os conhecimentos sobre essa espécie nobre de madeira sob a ótica de Ítalo Cláudio Falesi, pesquisador aposentado da Embrapa Amazônia Oriental e introdutor da espécie no Brasil; do escritor Augusto Cury, considerado o maior produtor individual desta madeira nobre no país que falou sobre a responsabilidade ambiental e social, além de enfatizar sua experiência com o cultivo dessa espécie de madeira. Somando conhecimento, completaram a seleção de palestrantes, Canrobert Tormin, produtor rural, consultor-técnico agroflorestal e sócio-proprietário da Mudas Nobres, que falou sobre o sistema de produção do mogno africano. Além de Gabriel Penno Saraiva, coordenador de projetos da STCP e analista de mercado da madeira, que mostrou aos presentes as perspectiva do mercado da madeira em nível Brasil e sua receptividade no mercado internacional.
No segundo dia, os participantes fizeram uma visita orientada à área de produção e pesquisas da empresa Mudas Nobres, onde foram apresentados os experimentos lá conduzidos e realizados em conjunto com professores/pesquisadores da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), apresentando resultados iniciais, parciais e finais, além de tecnologia de plantio.
Mogno Africano no Brasil. O Mogno Africano foi introduzido no Brasil ainda na década de 1970. Seu primeiro cultivo foi feito pela Embrapa Amazônia Oriental, localizada em Belém (PA). O bom desempenho em crescimento, altura e diâmetro chamaram a atenção dos pesquisadores. Mas as primeiras sementes da espécie foram distribuídas aos produtores apenas no início da década de 1990 e, desde então, a espécie tem sido utilizada como recurso de reflorestamento ambiental.
O cultivo comercial do Mogno Africano no Brasil surgiu como opção para a indústria moveleira logo após a proibição do corte do mogno brasileiro para fins comerciais. A espécie africana do mogno adaptou-se muito bem várias faixas de altitude, clima, distribuição de chuvas e fertilidade de solo. Tanto que já é cultivada fins comerciais por produtores rurais, profissionais liberais e empresários de diversos setores em várias regiões do país (GO, DF, MT, MS, TO, PA, MA, PI, AL, BA, MG, SP, PR, SC, RS), além do Paraguai. Um dos maiores atrativos para se cultivar essa espécie de madeira é a sua precocidade produtiva quando comparada a outras espécies de madeiras nobres, já que produz 20m3/ha/ano de madeira serrada e a estimativa de lucratividade com este investimento é de um retorno líquido de aproximadamente R$ 23 mil/ha/ano.
Segundo engenheiro agrônomo, Canrobert Tormim, o workshop é a oportunidade de apresentar todas essas vantagens dessa madeira nobre ainda pouco conhecida pelos produtores que investem no setor florestal, já que a Teca (Tectona grandis) e o Cedro Australiano (Toona ciliata) são espécies mais conhecidas, contudo demandam mais atenção na escolha do local de produção e cuidados durante o cultivo para fins comerciais.
Outra boa razão, de acordo com Tormin, para se cultivar essa espécie de madeira nobre é a grande aceitabilidade do produto junto às indústrias moveleiras europeia e americana de alto padrão, já que grande parte delas encontraram na cor avermelhada e no fácil manuseio da madeira os ingredientes ideais para atender a demanda de um público exigente, que preza também pelo uso racional dos recursos do meio ambiente.
O I Workshop Brasileiro de Mogno Africano (Khaya ivorensis) foi uma realização da Mudas Nobres, Brazilian Forestry Investment (BFI), Associação dos Pequenos Produtores em Agronegócio da Região de Bonfinópolis (ASPARB), contou com o patrocínio de SEBRAE, Arvoreta, Fertilizantes Heringer e apoiadores locais STCP, FAEG, Pivot Equipamentos e UFG