Confira a entrevista com o professor Evandro Novaes, que traz informações atualizadas sobre a pesquisa de melhoramento florestal realizada pela Mudas Nobres, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). (mais…)
No Norte do Tocantins, região de Araguaína, sob condição de sequeiro, foram plantados clones e mudas seminais, também de forma sequencial e sem repetição por blocos. Com um ano de plantio, através de observações visuais e com medição de algumas mudas clonais e seminais de forma aleatória, constatou-se que as mudas clonais vem apresentando desenvolvimento superior as seminais.
B) PLANTIO NO ESTADO DE SÃO PAULO
Plantio comercial no estado de São Paulo sob condição irrigação por gotejamento, na região de Barretos, mudas plantadas de forma sequencial, sem repetição por blocos. Com 12 meses de plantio, as mudas clonais alcançaram altura média de 3,62 m e as de plantas seminais 2,56 m e DAP médio de 5,8 cm para as mudas clonais e 4,06 cm para mudas seminais. Gráfico – 1
Gráfico – 2
Gráfico – 3
Veja fotos deste plantio:
CONCLUSÃO DOS TESTES PRELIMINARES
Na medição feita no Norte de Minas Gerais na condição de plantio irrigado por gotejamento, todos os clones foram superiores as mudas seminais, na média apresentaram 70,4% a mais na altura e 47,9% no DAP.
Na medição no Sul de Minas na condição de plantio de sequeiro, também todos os clones foram superiores as mudas seminais, na média apresentaram 125% a mais na altura e 56% no DAP.
Na medição no plantio comercial realizado na região de Barretos-SP, todos os clones foram superiores as sementes, a média da altura dos clones foi 41,5% superior as mudas seminais e a média do DAP dos clones foi superior a 42,0 % as mudas seminais. Calculando o volume de madeira por ha, o clone com menor desenvolvimento foi superior a semente 133% ( gráfico 3 ).
O plantio comercial realizado no Norte de Tocantins (Araguaina), apesar de não ter realizado medições mais criteriosas, através de observações visuais pode-se constatar que os desenvolvimentos dos clones em relação a semente tem sido semelhante as outras regiões já avaliadas no país.
RECOMENDAÇÃO DE PLANTIO DE MUDAS CLONAIS
Nas avaliações preliminares (1 ano) dos plantios comerciais e testes clonais mostraram que todos os clones foram superiores as mudas seminais. O trabalho para definir os clones mais produtivos para diferentes regiões dependerá de maiores avaliações de testes clonais. Com este objetivo no ano de 2016 serão implantados mais 06 testes clonais: Tocantins, São Paulo (02), Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Para maior segurança para o produtor rural, inicialmente a empresa Mudas Nobres comercializará a partir de dezembro de 2016 um maior número de clones para cada produtor, assim que forem definidos os clones mais adequados para cada região.
A empresa Mudas Nobres foi a pioneira na comercialização de mudas de mogno africano da espécie Khaya ivorensis em escala comercial no Brasil, hoje, com plantio em todas regiões do país. Em 2006, após observar que algumas plantas apresentavam desenvolvimento superior ao da média das populações, tomou a decisão de fazer um trabalho de seleção e clonagem destes indivíduos superiores com objetivo de produzir comercialmente clones com maior produtividade.
Histórico do trabalho de clonagem
2009: Iniciou-se a primeira etapa de clonagem com a seleção de 21 indivíduos superiores, árvores com idade de 16 anos, todas originárias de sementes das árvores pioneiras no Brasil, localizadas na Embrapa Amazônia Oriental em Belém-PA. Os parâmetros técnicos adotados para seleção foram: altura de fuste, diâmetro e fuste retilíneo. 2013: Início da segunda etapa de clonagem, com seleção de 34 indivíduos, com 13 anos de idade, oriundas de sementes importadas da Costa do Marfim e da Tanzânia, adotando-se os mesmos parâmetros técnicos; altura de fuste, diâmetro e fuste retilíneo. Esta seleção já foi orientada pela Universidade Federal de Goiás – UFG, fruto da parceria feita entre Mudas Nobres e a Universidade, visando estudos sobre o Mogno Africano, com ênfase em Khaya ivorensis. 2014: Implantação de dois (02) testes de comparativo e de adaptação de clones em Minas Gerais. 2015: Avaliação do desenvolvimento dos clones plantados em 2014. 2016: Previsão de implantação de seis (06) áreas de teste em; Tocantins, São Paulo (02), Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Resultados da primeira medição anual dos testes implantados
A) TESTE CLONAL NO NORTE DE MINAS GERAIS Foram comparados 40 clones sob condição irrigado por gotejamento, tendo como testemunha mudas seminais do mesmo porte. Todos plantadas na mesma época e com a mesma adubação, obedecendo os princípios técnicos de experimentos científicos, com repetição e aleatoriedade. 12 meses após o plantio foi feita a primeira avaliação, medindo-se altura total da planta, DAP e verificação visual do estado fitossanitário e de nutrição das mesmas. A altura média dos clones foi de 2,9 metros e das mudas seminais de 1,7 metros e o DAP de 3,73 cm para as clonais e de 2,53 cm para as seminais.
B) TESTE CLONAL NO SUL DE MINAS GERAIS Foram testados 37 clones sob condição de sequeiro, comparando-os com mudas seminais, todas plantadas na mesma época e com a mesma adubação, obedecendo-se os princípios técnicos de experimentos científicos, com repetição e aleatoriedade. 12 meses após o plantio foi feita a primeira avaliação, medindo-se altura total da planta, DAP, verificação visual do estado fitossanitário e de nutrição das mesmas. A altura média dos clones foi de 1,69 metros e das mudas seminais de 0,74 metros e o DAP de 1,91 cm para as clonais e de 1,23 cm para as seminais. OBSERVAÇÃO: o crescimento das mudas clonais e sementes neste teste clonal foi inferior aos outros plantios de outras regiões devido a deficiência na correção do solo e adubação, mesmo assim, todos os clones foram superiores.
Na proxima semana publicaremos mais informações do estudo. Faça seu cadastro para receber informações:{nomultithumb}